Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco em Mariana, MG: Vale tem 50 por cento da Samarco, em parceria com a BHP Billiton (Ricardo Moraes/Reuters)
Talita Abrantes
Publicado em 4 de fevereiro de 2016 às 19h15.
São Paulo – Segundo cálculo do governo de Minas Gerais, a lama despejada no ambiente após o rompimento da barragem do Fundão, da Samarco, no município de Mariana (MG), rendeu um prejuízo de 1,2 bilhão de reais em danos materiais para 35 municípios mineiros afetados pelo acidente.
O valor consta em relatório divulgado nesta quinta-feira. O cálculo não leva em conta, contudo, o impacto ambiental do acidente ou as indenizações às famílias das vítimas.
No total, segundo o estudo, mais de 320 mil moradores foram prejudicados pelo acidente seja por propriedades ou bens destruídos e pela interrupção no abastecimento de água.
Só em danos às propriedades privadas foram 540 milhões de reais perdidos, de acordo com o levantamento. Já os prejuízos em infraestrutura superam o meio bilhão de reais.
O governo de Minas Gerais estima que gastou 12 milhões de reais com o desastre, enquanto os municípios perderam 145 milhões de reais.
O cálculo e a proposta de revitalização dos municípios e da Bacia do Rio Doce podem integrar a ação judicial coletiva contra a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, que prevê indenização de 20 bilhões de reais.
O rompimento da barragem da Samarco em 5 de novembro do ano passado deixou 19 pessoas mortas.