Brasil

Lago em Interlagos minimiza risco de seca na F1

A água é sugada do lago de 125 milhões de litros de água e é colocada em caminhões pipa


	Autódromo de Interlagos: água do lago evita crise hídrica na F-1
 (FML/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Autódromo de Interlagos: água do lago evita crise hídrica na F-1 (FML/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2014 às 12h26.

São Paulo - A seca que vem incomodando a cidade de São Paulo não tem efeito no Autódromo de Interlagos. Graças aos 125 milhões de litros de água reunidos no lago que fica no fim da reta oposta do circuito, o novo asfalto da pista e as áreas de convivência são lavadas normalmente durante a realização do GP do Brasil de Fórmula 1.

A água é sugada do lago e colocada em caminhões pipa. Funcionários da organização do GP do Brasil, utilizando esguicho, caminham pelo traçado da pista para fazer a lavagem. O sistema natural de captação faz depois com que a água acabe voltando para o local de origem.

A lavagem dos equipamentos das equipes nos boxes localizados no paddock também é feita com a água do lago. Grelhas colocadas em toda a extensão dos boxes garantem a drenagem e a reutilização da água. Contando ainda com duas nascentes, o lago de Interlagos nada sofreu com a longa estiagem, que faz algumas regiões da cidade conviverem com o racionamento durante as madrugadas.

Esta é apenas uma das histórias envolvendo o lago de Interlagos. Na década de 60, era comum que os reparos dos carros fossem feitos na pista, nos locais das quebras. Com isso, as peças substituídas eram jogadas no lago, criando-se a lenda de que o lugar se transformara em um verdadeiro "cemitério de carros". Nos últimos anos, limpezas foram feitas e a qualidade da água é considerada boa.

Interlagos foi construído em 1940 e não se teve, na época, a preocupação em se construir um muro na curva do lago. Jamais um carro chegou a cair na água. Mas o bicampeão mundial Emerson Fittipaldi, antes da glória na Fórmula 1, tomou grande susto ao parar o bico do carro no barranco.

Desde meados dos anos 90 não se destaca mais salva-vidas para ficar no lago. A organização considera improvável que ocorra um acidente e algum carro acabe caindo dentro da água. Os 20 metros de distância entre a margem do lago e a pista e um alto muro garantem total segurança no local.

O consumo de água potável é limitado para o uso da limpeza dos banheiros e na confecção de alimentos na cozinha. Os banheiros têm descarga à vácuo, instalados em três áreas do autódromo, colaboram para economizar água. O gasto é de apenas 0,5 litro por descarga. Durante a montagem e os três dias de evento em Interlagos são consumidas 8 mil dúzias de garrafas de água.

A previsão é de chuva para o horário dos treinos classificatórios deste sábado e para a corrida deste domingo (ambos com início às 14 horas). Uma característica da topografia do lugar.

Acompanhe tudo sobre:Águacidades-brasileirasMetrópoles globaissao-pauloSecas

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Política industrial tem de elevar produtividade e alterar potencial energético, diz Cagnin, do Iedi