A senadora Kátia Abreu (PSD/TO): "Entrei com uma interpelação contra essa senhora [Andressa Mendonça], diante desses acontecimentos e da tentativa de me reter, me amedrontar" (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2012 às 14h35.
Brasília - A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) informou hoje (7), à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que interpelou judicialmente Andressa Mendonça, mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo ela, Andressa tentou intimidá-la com declarações à imprensa de que ela teria recebido dinheiro para campanha de Carlinhos Cachoeira.
"Entrei com uma interpelação contra essa senhora, diante desses acontecimentos e da tentativa de me reter, me amedrontar", informou. "Ela disse que eu não saia da casa de Cachoeira para pedir dinheiro para minhas campanhas. Pelo jeito a bela resolveu ser fera", disse a senadora, antes do início do depoimento de Andressa Mendonça.
Além das declarações à imprensa, a senadora informou que recebeu um telefonema no qual o autor da ligação, que não se identificou, disse que Andressa apresentaria à CPMI um dossiê contra a senadora.
Nesse dossiê, segundo a senadora, haveria uma foto dela ao lado do juiz Alderico Rocha Santos, titular dos processos que investigam as denúncias na 11ª Vara Federal de Goiânia. "Ela disse que tinha uma foto minha ao lado do juiz Rocha Santos. Muito melhor estar ao lado de um juiz do que do lado de um contraventor", disse Kátia Abreu.
Segundo a senadora, a polícia já conseguiu identificar que o telefonema partiu de um orelhão localizado em Taguatinga, cidade do Distrito Federal e já identificou câmeras no local que podem ter filmado o autor da ligação.
Durante as discussões, a senadora recebeu apoio do senador Pedro Taques (PDT-MS) que alertou para a necessidade de que a comissão tome providência em relação às ameaças sofridas por parlamentares. "Já ameaçaram juízes, promotores e agora senadores e deputados. Eu me solidarizo com a senadora Kátia Abreu e penso que, se não tomarmos providências contra isso, vamos ficar mais desmoralizados ainda", destacou.
Ao comparecer à CPMI, Andressa Mendonça se recusou a prestar informações aos deputados e senadores e foi dispensada.