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Kassab 'testa' reação à tarifa de ônibus de R$ 3

Se a alteração ocorrer antes do dia 1.º de janeiro, será o segundo reajuste no ano

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: ele pode aumentar o preço dos ônibus (Júlia de Medeiros/PSC)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: ele pode aumentar o preço dos ônibus (Júlia de Medeiros/PSC)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2010 às 08h50.

São Paulo -  O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que a Prefeitura estuda reajustar para R$ 3 a tarifa de ônibus nas próximas semanas. Atualmente, ela custa R$ 2,70. O prefeito disse ter recebido um levantamento da Secretaria Municipal de Transportes que indicou o novo valor.

Se a alteração ocorrer antes do dia 1.º de janeiro, será o segundo reajuste no ano - em janeiro, a passagem de R$ 2,30 aumentou R$ 0,40, após três anos e meio congelada.

Kassab precisa comunicar o reajuste à Câmara Municipal três dias úteis antes de a tarifa entrar em vigor. Até as 20 horas de ontem, horário do fechamento do protocolo do Palácio Anchieta, nenhum documento do Executivo sobre o aumento havia chegado ao Legislativo.

A reportagem apurou que o prefeito resolveu anunciar ontem o valor para sentir a reação da população, como já fez no ano passado com o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em novembro de 2009, o prefeito anunciou que o reajuste do IPTU poderia chegar a 270%, conforme determinava a revisão da planta genérica elaborada pela Secretaria de Finanças.

Após bombardeio de críticas e o início das enchentes, em dezembro Kassab foi à imprensa dizer que parcelaria o reajuste em três anos, com um limite de 60% para 2010. Entre os vereadores, foi avaliado como um gesto nobre, mediante o caos que a cidade atravessava.

O prefeito pode repetir a estratégia e dizer na semana que vem que não seguirá o que foi indicado pelos técnicos, anunciando que a tarifa deve ficar em R$ 2,90 - valor adiantado por Kassab em outubro ao jornal O Estado de S. Paulo e previsto no Orçamento aprovado anteontem pela Câmara.

Por enquanto, seu discurso é o de “aguardar a análise dos estudos da Secretaria de Transportes pelos técnicos da pasta de Planejamento”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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