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Justiça quebra sigilo em contratos da Abreu e Lima

A decisão também atinge familiares de Paulo Roberto Costa, que são considerados réus em processo sobre destruição de provas


	Paulo Roberto Costa: ex-diretor foi preso em março na Operação Lava Jato e está preso no Paraná
 (Agência Petrobras)

Paulo Roberto Costa: ex-diretor foi preso em março na Operação Lava Jato e está preso no Paraná (Agência Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 18h16.

Rio de Janeiro - A Justiça Federal do Paraná quebrou os sigilos bancários da Petrobras e do ex-diretor de Refino e Abastecimento, Paulo Roberto Costa, para apurar denuncias de desvio de recursos na construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).

A decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, foi dada na tarde desta quinta-feira e atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que apura o caso.

A quebra de sigilo abrange os contratos e transações bancárias ligadas a empreiteiras e fornecedoras responsáveis pelas obras da refinaria de Abreu e Lima (Rnest).

O objetivo é identificar o caminho percorrido por recursos que teriam sido desviados pelo esquema envolvendo o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.

A decisão também atinge familiares de Paulo Roberto Costa que também são considerados réus em processo sobre destruição de provas.

O advogado do ex-diretor, Fernando Fernandes, confirmou o pedido e disse não temer a quebra do sigilo bancário do cliente.

Segundo ele, o juiz responsável pelo caso não tem competência para o julgamento.

"Ele sai pedindo a quebra de sigilo de todo mundo, como se fosse o processo da sua vida. Não temo a quebra de sigilo. Mas quando nosso pedido de habeas corpus sobre a incompetência do juiz para dirigir este caso chegar ao Superior Tribunal de Justiça, o processo sai da mão dele e vai para um juiz isento", afirmou o advogado.

Paulo Roberto Costa foi preso em março na Operação Lava Jato da Polícia Federal e está preso no Paraná.

Ele é acusado de participar de um esquema de desvio e lavagem de recursos da ordem de R$ 10 bilhões.

Ele também é acusado de favorecer contratos fraudulentos nas obras da refinaria Abreu e Lima (Rnest).

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