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Justiça quebra sigilo de celulares e notebook de agressor de Bolsonaro

Nos últimos 15 anos, o pedreiro Adélio Oliveira passou por 39 empresas distintas, com salários baixos. Ele está preso em Campo Grande (MS)

Adélio Bispo de Oliveira: As autoridades de investigação ainda devem pedir a quebra de sigilo bancário do autor do ataque (Facebook/Reprodução)

Adélio Bispo de Oliveira: As autoridades de investigação ainda devem pedir a quebra de sigilo bancário do autor do ataque (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de setembro de 2018 às 09h25.

Brasília - Uma decisão da juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara Federal de Juiz de Fora, autorizou a quebra do sigilo dos dados de quatro celulares e um notebook de última geração que foram encontrados no quarto da pensão em que estava morando Adélio Bispo de Oliveira, autor confesso do atentado ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, em Juiz de Fora (mg).

Uma das informações que os investigadores já levantaram sobre o histórico de Adélio Oliveira é a de que, nos últimos 15 anos, ele passou por 39 empresas distintas, com salários baixos. Isso chamou a atenção diante da apreensão dos quatro celulares e de um notebook. Todos os contatos feitos com os aparelhos eletrônicos serão monitorados em perícia, em busca de informações sobre sua rede de contatos. As autoridades de investigação ainda devem pedir a quebra de sigilo bancário.

Adélio foi transferido de Juiz de Fora na manhã deste sábado, 8, para um presídio federal de Campo Grande (MS), também por autorização da juíza. Acompanhado por quatro advogados, o pedreiro prestou um terceiro depoimento antes de deixar a cidade onde foi cometido o ataque a faca a Bolsonaro. Uma fonte que acompanhou os depoimentos diz que Adélio mostrou raciocínio coeso ao explicar divergências que tem em relação às visões do candidato a presidente da República. O investigado disse que havia se mudado para Juiz de Fora em busca de emprego.

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