Metrô de São Paulo (LeoMSantos/Divulgação)
Talita Abrantes
Publicado em 14 de março de 2017 às 20h14.
Última atualização em 14 de março de 2017 às 22h04.
São Paulo - A Justiça do Trabalho de São Paulo proibiu a paralisação total dos serviços do Metrô durante o horário de pico nesta quarta-feira (15), quando está prevista uma greve geral de diversas categorias pelo Brasil contra a reforma trabalhista e da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer.
Segundo a decisão liminar, os metroviários de São Paulo terão de manter efetivo de 100% durante o horário de pico e 70% no resto do dia. A pena por descumprimento é de R$ 100 mil por dia.
Segundo a assessoria de imprensa da categoria, a paralisação de cinco linhas do Metrô está mantida a partir da meia-noite desta quarta apesar da determinação judicial. Neste momento, os metroviários estão reunidos em assembleia para decidir como isso será feito.
A expectativa é que as linhas 1- Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata do Metrô fiquem paradas durante todo o dia em São Paulo. Apenas a linha 4-Amarela, que é administrada pela ViaQuatro, deve funcionar no dia de amanhã.
Ônibus
A Justiça também vetou a paralisação completa dos motoristas de ônibus da cidade, que previam fazer greve da meia noite às 8 horas desta quarta-feira (15). Nas linhas que atendem escolas e hospitais, a frota mínima deve ser de 85%, segundo a decisão.
A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara de Fazenda Pública, acolheu um pedido de liminar feito na segunda-feira, 13, pela gestão do prefeito João Doria (PSDB) contra a greve e definiu multa de R$ 5 milhões por hora caso o sindicato descumpra a decisão.
Já o Tribunal Regional do Trabalho, a pedido da São Paulo Transportes (SPTrans), estatal municipal que administra o sistema de ônibus, proibiu a paralisação dos motoristas na cidade e determinou que 100% da frota circule na cidade nesta quarta. A multa, em caso de descumprimento, é de R$ 300 mil.
A EXAME.com, a assessoria de imprensa da categoria afirma que a greve está mantida. Já os ferroviários afirmam que vão manter as linhas da CPTM funcionando normalmente.