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Justiça mantém supostos hackers em prisão preventiva

Luiz Henrique Molição e Thiago Eliezer Martins são acusados de grampear e vazar mensagens de procuradores da Lava Jato e do então juiz Sergio Moro

Moro: ministro teve celular grampeado e supostas mensagens vazadas (Isaac Amorim/MJSP/Flickr)

Moro: ministro teve celular grampeado e supostas mensagens vazadas (Isaac Amorim/MJSP/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de setembro de 2019 às 16h59.

A Justiça Federal prorrogou na tarde desta segunda-feira, 30, as prisões preventivas de Luiz Henrique Molição e Thiago Eliezer Martins, acusados de fazer parte de uma organização criminosa que grampeou e vazou mensagens de procuradores da força-tarefa da Lava Jato e do então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça.

Luiz e Thiago foram presos na segunda fase da Spoofing. Em audiência de custódia, nesta segunda, o juiz da décima vara Federal em Brasília, Ricardo Augusto Leite, considerou que ainda é cedo para soltar os dois investigados, já que a Polícia Federal ainda não concluiu as perícias nem o inquérito do caso. O juiz também considerou que os crimes imputados aos acusados são graves.

O Ministério Público Federal, representado pela procuradora Luciana Loureiro Oliveira, também manifestou pela manutenção da prisão até a finalização da perícia, que está em curso pela PF em Brasília.

No caso de Molição, o juiz disse que não está clara a extensão da participação dele no grupo criminoso, mas alertou que as acusações que pesam sobre ele "são muito graves". Segundo a PF, Molição pode ter planejado e instruído Delgatti nos ataques cibernéticos.

O advogado Ademar Costa, que representa Molição, disse que vai entrar com novo pedido de liberdade. "Meu cliente não tem envolvimento. A gente acredita na inocência dele. Ele está participativo. A Justiça podia ter decretado alguma medida alternativa", justificou.

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