Petrobras: estão previstos nesta segunda-feira novos depoimentos do sócio da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do ex-consultor da empresa Júlio Gerin de Camargo, e da ex-contadora Meire Pozza (Sergio Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 10h23.
Curitiba - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, retoma hoje (9) os depoimentos de testemunhas de defesa e acusação nas ações penais oriundas da sétima fase da operação, deflagrada em novembro do ano passado.
Estão previstos nesta segunda-feira novos depoimentos do sócio da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, do ex-consultor da empresa Júlio Gerin de Camargo, e da ex-contadora Meire Pozza, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef.
Os depoimentos mais esperados nesta segunda semana de oitivas devem ocorrer na sexta-feira (13), na ação penal em que o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, e o empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, são acusados de receber propina em contratos da Petrobras.
Devem também depor o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa e Carlos Alberto Pereira, acusado de ser "laranja" (operador) do doleiro de Youssef em empresas de fachada.
Nos depoimentos prestados na semana passada, Augusto Mendonça Neto, um dos delatores do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, confirmou que pagou propina a Paulo Roberto Costa e Renato Duque, ex-diretores da empresa. Segundo Mendonça Neto, a propina estava "institucionalizada" durante a gestão dos acusados.
O ex-consultor da empresa Toyo Setal, Júlio Gerin Almeida Camargo, também confirmou que pagou R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras Renato Duque.
De acordo com delator, durante a gestão de Duque e do ex-gerente Pedro Barusco, as empreiteiras deveriam pagar 1% dos valores dos contratos com a estatal.
A ex-gerente da Área de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa, disse que recebeu um pedido para omitir, de seus relatórios, que a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, era um projeto que traria prejuízos financeiros para a estatal