Pablo Marçal (FLOW/Divulgação)
Repórter de POP
Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 19h15.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2025 às 19h30.
Pablo Marçal (PRTB), influenciador e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, foi condenado inelegível até 2032 nesta sexta-feira, 21, por abuso de poder político e econômico. A sentença foi feita pelo juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz e a decisão ainda pode ser contestada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
"Julgo parcialmente procedente os pedidos de declaração de abuso de poder político, abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos para condenar o réu Pablo Henrique Costa Marçal à pena de inelegibilidade de 8 anos seguintes ao pleito de 2024", decidiu o juiz eleitoral. "O réu Pablo Marçal buscou garantir uma origem lícita e permitida para essa fonte de arrecadação ao simular uma doação de pessoa física, quando em verdade efetuou uma venda de apoio político".
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A informação foi revelada pela colunista Malu Gaspar, d'O Globo. Marçal foi punido por oferecer apoio político em troca de transferências via Pix durante a campanha municipal de 2023. Segundo a denúncia, ele prometia gravar vídeos promovendo candidatos a vereador que contribuíssem com R$ 5 mil para sua candidatura. O coordenador jurídico da campanha do ex-candidato afirmou à coluna que vai recorrer.
A condenação, primeira de Marçal por ilícitos eleitorais desde a campanha no ano passado, pode diminuir as chances da corrida dele pela Presidência da República em 2026.
A condenação foi resultado de uma ação apresentada pelo PSB, partido da deputada federal Tabata Amaral, que também concorreu ao cargo de prefeita na capital paulista. São listados também como autores do processo Guilherme Boulos e Coligação Amor por São Paulo (Federação PSOL/Rede, Federação Brasil da Esperança/PDT).
Na época, Marçal publicou um vídeo direcionado a candidatos a vereador, oferecendo divulgação em troca de doações. “Você conhece alguém que quer ser vereador e é candidato? Que não seja de esquerda, tá? Esquerda não precisa avisar. Se essa pessoa é do bem e quer um vídeo meu para ajudar a impulsionar a campanha dela, você vai mandar esse vídeo e falar 'olha aqui a oportunidade'. Essa pessoa vai mandar um Pix pra minha campanha, de doação, um Pix de R$ 5 mil”, diz ele no vídeo.
A Justiça entendeu que a prática configurou compra de apoio político, resultando na inelegibilidade do ex-candidato.
Leia a condenação na íntegra aqui.
(Com informações do TRE-SP)