Polícia australiana: Mario Santoro já é considerado foragido da Justiça (Greg Wood/AFP)
Agência Brasil
Publicado em 6 de julho de 2018 às 21h32.
Última atualização em 6 de julho de 2018 às 21h39.
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de Mário Marcelo Ferreira dos Santos Santoro, de 40 anos, suspeito de ter matado a ex-namorada Cecília Müler Haddad, de 38 anos, entre os dias 28 e 29 de abril deste ano, em Sidney, na Austrália, onde a vítima morava. O corpo de Cecília foi encontrado no dia 29 de abril, no Rio Lane Cover. Os dois são brasileiros. A preventiva foi decretada na noite de quinta-feira (5).
Acionada, no início de maio pela família de Cecília Haddad, a Divisão de Homicídios (DH) deu início às investigações ouvindo parentes da vítima e providenciando análise pericial de alguns documentos que a família forneceu. Desta forma, foi possível à polícia técnica evidenciar a morte de Cecília por asfixia mecânica por constrição do pescoço, bem como que o autor do crime era o ex-companheiro dela.
A Justiça aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Mário Santoro, por feminicídio, e ele hoje é réu perante a Justiça brasileira por este crime.
No início da investigação, a Divisão de Homicídios solicitou, por meio da Interpol no Brasil, a colaboração da polícia internacional na Austrália no sentido de providenciar e fornecer informações sobre as investigações sobre a morte de Cecília feitas pelas autoridades locais. Até o momento, a DH não obteve resposta.
A Justiça também expediu mandado de busca e a apreensão no endereço de Mário, na Avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul do Rio.
Na manhã desta sexta-feira (6), equipes da DH fizeram buscas na casa de Mário Marcelo e dos pais dele, na Avenida Atlântica, mas ele não foi encontrado. A polícia também o procurou, sem sucesso, em endereços de parentes na zona sul do Rio. Mario Santoro já é considerado foragido da Justiça. As buscas para localizá-lo continuam.