Beto Richa: o contador Dirceu Pupo Ferreira também teve a prisão decretada (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 08h50.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 13h09.
São Paulo - O juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Federal de Curitiba, decretou a prisão preventiva de Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná. O magistrado também determinou a prisão do contador Dirceu Pupo Ferreira, homem de confiança do tucano.
O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Integração, da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do "Anel da Integração".
Pupo foi investigado por promotores do Gaeco em setembro de 2018 por suspeitas de tentar atrapalhar as investigações que levaram Richa à prisão naquela ocasião.
São apurados pagamentos de propinas para agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná e da Casa Civil do governo do Estado do Paraná.
A integração foi a primeira fase da Lava Jato em 2018. Por ordens do então juiz federal Sérgio Moro, a PF prendeu o diretor-geral do DER, Nelson Leal Júnior, e o diretor-presidente da Econorte, Helio Ogama.
Ambos se tornaram delatores meses depois. Na oportunidade, Leal Júnior contou que participou de um 'encontro sobre propina', no qual Richa estaria presente, no Palácio Iguaçu, sede do Executivo paranaense. O irmão do tucano - que é candidato ao Senado -. José Richa Filho, o Pepe Richa, foi preso na Operação Integração II, fase 55 da Lava Jato.