Nenê Constantino, um dos fundadores da Gol: prisão decretada (Lia Lubambo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2010 às 08h11.
São Paulo - O empresário Nenê Constantino, um dos fundadores da segunda maior companhia aérea do país, Gol, teve prisão preventiva decretada na noite de quarta-feira, no processo em que é acusado de homicídio.
Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o empresário e outras quatro pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público pelo homicídio de Márcio Leonardo de Sousa Brito. Os outros acusados são João Alcides Miranda, João Marques Dos Santos, Victor Bethonico Foresti e Vanderlei Batista Silva.
Procurada, a assessoria de imprensa da Gol confirmou que o empresário teve prisão decretada, mas não soube informar se ele segue detido. Constantino não tem participação na administração da companhia aérea.
O tribunal afirma em comunicado à imprensa que audiências de testemunhas do caso, iniciadas na véspera, prosseguem nesta quinta-feira. Após pedido de advogados do empresário, testemunhas de defesa serão ouvidas em 1o de março.
Segundo o tribunal, o motivo do crime de acordo com a acusação do Ministério Público é que a vítima, que morava em uma área invadida ao lado de uma das empresas de Constantino, se recusava a deixar o local. "A acusação alega que ele teria sido morto por ordem do empresário", afirma o tribunal.
O empresário responde a outro processo por homicídio, que também tramita no Tribunal do Júri de Taguatinga, para o qual foi decretado segredo de justiça na véspera.
Em maio de 2009, uma desembargadora do tribunal concedeu prisão domiciliar ao empresário, então com 78 anos, por motivos médicos. Em julho do mesmo ano, Constantino recebeu habeas corpus do tribunal.