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Justiça decreta preventiva do bispo de Formosa por desvio do dízimo

A investigação mira em um desvio de R$ 2 milhões de dízimos e doações de fiéis dos municípios de Formosa, Posse e Planaltina

Diocese: magistrado apontou na sua decisão para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução (Diocese de Formosa - GO/Divulgação)

Diocese: magistrado apontou na sua decisão para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução (Diocese de Formosa - GO/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de março de 2018 às 15h46.

São Paulo - O juiz Fernando Samuel decretou, após pedido do Ministério Público de Goiás, a prisão preventiva de dom José Ronaldo, bispo da diocese de Formosa e de outros seis religiosos - quatro padres, o vigário-geral e um monsenhor, alvos da Operação Caifás. A investigação mira em um desvio de R$ 2 milhões de dízimos e doações de fiéis dos municípios de Formosa, Posse e Planaltina.

A informação foi divulgada pela Promotoria nesta sexta-feira, 23. Além de José Ronaldo, já estavam presos Epitácio Cardozo, Mário Vieira, Moacyr Santana, Tiago Wenceslau, Waldson José, Antônio Rubens e Pedro Henrique desde segunda-feira, 19. Agora eles vão ficar encarcerados por tempo indeterminado.

O magistrado apontou na sua decisão para garantia da ordem pública e para conveniência da instrução.

A operação, coordenada pelos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury, contou com a atuação de mais dez promotores de Justiça e o apoio do Centro de Inteligência (CI) do MP-GO, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP), além da Polícia Civil e da Polícia Militar.

Os promotores de Justiça Fernanda Balbinot, Paula Moraes de Matos, Julimar da Silva e Douglas Chegury ofereceram denúncia contra o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, o contador Darcivan da Conceição Serracena, o bispo José Ronaldo Ribeiro, o secretário da Cúria Guilherme Frederico Magalhães e o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau de Barros Barbosa Júnior.

Foram denunciados também os padres Moacir Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo e os empresários Antônio Rubens Ferreira e Pedro Henrique Costa Augusto e o advogado Edimundo da Silva Borges Júnior. À exceção dos empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique, todos os demais responderão pelo crime de associação criminosa.

Epitácio Cardozo, Waldson José e Guilherme Frederico foram denunciados também por apropriação indébita, enquanto José Ronaldo e Mário Vieira por apropriação indébita e falsidade ideológica.

Darcivan, Edimilson e Tiago foram denunciados por falsidade ideológica e, por sua vez, Moacyr Santana responderá por apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Por fim, os empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique foram denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro.

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