Brasil

Justiça de SP envia pedido de prisão de Lula para Moro

A juíza da 4ª Vara Criminal de São Paulo entendeu os crimes são de âmbito federal e podem estar relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras.

Ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em 20/10/2015 (Andressa Anholete / AFP)

Ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em 20/10/2015 (Andressa Anholete / AFP)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 3 de maio de 2016 às 10h26.

São Paulo – A Justiça de São Paulo enviou ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, um pedido de prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com informações de VEJA.com, os autos enviados pela juíza Maria Priscilla Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, acusam o petista de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no caso do imóvel tríplex no Guarujá (SP). 

Em março deste ano, a magistrada já tinha decidido encaminhar o processo para o juiz federal. Contudo, só agora os documentos foram enviados para a Vara Federal de Curitiba.

No entendimento da juíza, os crimes são de âmbito federal e podem estar relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras.

"O pretendido nestes autos, no que tange às acusações de prática de delitos chamados de ‘lavagem de dinheiro’, é trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e pelo MPF, pelo que é inegável a conexão, com interesse probatório entre ambas as demandas, havendo vínculo dos delitos por sua estreita relação”, afirmou a juíza em sua decisão.

Como o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, ele está sem o direito de foro privilegiado.  A partir de agora, está nas mãos de Moro decidir se acata ou não o pedido de prisão do ex-presidente. 

Sobre o tríplex 

A investigação do Ministério Público Federal (MPF) diz que há evidências de que Lula recebeu valores provenientes do esquema de corrupção na Petrobras por meio de um repasse disfarçado para o imóvel no Guarujá (SP).

Ao menos R$ 1 milhão teria sido repassado pela construtora OAS por meio de reformas e móveis de luxo implantadas na propriedade. Apesar do petista negar a acusação, o MPF apurou que funcionários do apartamento confirmam o envolvimento de Lula e seus parentes com o imóvel.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesIndústria do petróleoLavagem de carrosLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSergio Moro

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Política industrial tem de elevar produtividade e alterar potencial energético, diz Cagnin, do Iedi