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Justiça condena dois acusados do massacre de Felisburgo

Tribunal condenou os dois acusados pela morte em 2004 de cinco camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Militantes participam de marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): o Massacre de Felisburgo aconteceu em um acampamento (Wilson Dias/ABr)

Militantes participam de marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST): o Massacre de Felisburgo aconteceu em um acampamento (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 08h50.

São Paulo - O 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette Glauco Eduardo Soares Fernandes condenou nesta sexta-feira os dois acusados pela morte em 2004 de cinco camponeses do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no "Massacre de Felisburgo", informaram fontes oficiais.

Após cerca de 15 horas de julgamento, o juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes, de Minas Gerais, leu nesta madrugada a condenação de 102 anos e 6 meses de prisão para Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, segundo um comunicado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Os dois pistoleiros, que podem esperar o recurso em liberdade, respondem por cinco assassinatos e 12 tentativas de homicídios, devido ao número de feridos durante o ataque armado que matou cinco pessoas no acampamento da fazenda Nova Alegria, no município de Felisburgo.

Em outubro, o juiz Glauco Soares condenou pelo mesmo caso o fazendeiro Adriano Chafik, autor intelectual da chacina, e o pistoleiro Washington Agostinho da Silva a 105 anos e a 97 anos de prisão, respectivamente.

O Massacre de Felisburgo aconteceu em um acampamento, conhecido como Terra Prometida, no qual viviam centenas de camponeses que esperavam ser assentados pela reforma agrária em uma fazenda improdutiva cuja propriedade era reivindicada por Chafik.

O ataque dos pistoleiros aconteceu depois que a Justiça rejeitou um pedido do fazendeiro para que fossem desalojados os membros do Movimento dos Sem-Terra (MST) que haviam ocupado sua suposta propriedade a fim de pressionar a desapropriação.

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