De acordo com o MPF, a maconha era negociada e transportada da cidade paraguaia de Capitán Bado para municípios sul-mato-grossenses (Paula Bronstein/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 14h59.
Brasília - A Justiça Federal em Ponta Porã (MS) condenou 12 das 14 pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por tráfico internacional de drogas. As penas variam de cinco a 32 anos de prisão, conforme a participação de cada um no esquema criminoso.
Três integrantes da quadrilha de traficantes continuam foragidos. Um deles é a paraguaia Eva Arevalos Jara, apontada como uma das líderes do bando, ao lado do marido dela, o também paraguaio Silverio Vargas. Segundo o MPF, Eva e Vargas controlavam a cadeia de produção e comercialização de maconha, desde o plantio no Paraguai até o armazenamento, a venda e a entrega no território brasileiro.
Eva foi condenada à revelia a 32 anos de prisão e ao pagamento de uma multa de cerca de R$ 75 mil. Silvério foi condenado a 24 anos de prisão e multa de cerca de R$ 58 mil. Entre os condenados há também um policial militar, Flávio da Silva. Além de perder o cargo público, Silva será punido com cinco anos e dez meses de prisão por facilitar o transporte de entorpecentes. Os dois homens denunciados que continuam foragidos e que não tiveram as identidades reveladas, ainda serão julgados.
De acordo com o MPF, a maconha era negociada e transportada da cidade paraguaia de Capitán Bado para os municípios sul-mato-grossenses Coronel Sapucaia e Amambai. Neste último, a droga era distribuída para o estado de São Paulo.
A organização foi desarticulada após Eva denunciar o próprio marido à polícia. Segundo o MPF, a paraguaia planejava liderar sozinha o tráfico de drogas na região. Após a denúncia, a Polícia Federal (PF) conseguiu impedir três remessas de maconha, uma em abril e duas em junho de 2009. Mais de uma tonelada de maconha da quadrilha foi apreendida nas três operações.