Brasil

Justiça anula compra do terreno em cais no Recife

A área daria lugar a um projeto urbanístico batizado de Novo Recife, com 12 torres -- 7 prédios residenciais, dois comerciais, um hotel e dois prédios de flats


	Movimento Ocupe Estelita briga contra o projeto do Novo Recife
 (Wikimedia Commons/Direitos Urbanos/Divulgação)

Movimento Ocupe Estelita briga contra o projeto do Novo Recife (Wikimedia Commons/Direitos Urbanos/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 21h43.

São Paulo - A compra da área do cais José Estelita, no Recife, foi anulada pela Justiça Federal neste sábado.

A área pertencia à Rede Ferroviária Federal S.A., e daria lugar a um projeto urbanístico batizado de Novo Recife, com 12 torres -- sete prédios residenciais, dois comerciais, um hotel e dois prédios de flats.

Em maio de 2015, diversas manifestações organizadas pelo Movimento Ocupe Estelita tomaram Recife contra o projeto urbanístico do Novo Recife.

O projeto destruiria a paisagem da capital pernambucana, por ter um perfil alienígena a seus arredores. Além disso, o Novo Recife teria impacto ambiental de grandes proporções para a bacia do rio Pina.

Formado pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Ara, Gl Empreendimentos e Moura Dubeux, o Consórcio Novo Recife, que havia comprado o terreno por R$ 55 milhões em uma operação rodeada por suspeitas de fraude, deve recorrer da anulação. O consórcio tem até 30 dias para devolver o terreno ao patrimônio público.

Na decisão, o juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, da 1ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, determina que o Iphan (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico) e a Prefeitura do Recife deixem de autorizar "todo e qualquer projeto que controverta ao ambiente histórico das áreas do entorno do Forte das Cinco Pontas, sob as penas da lei".

"Há muito mais de valor histórico, paisagístico, ambiental, social e político a proteger que as economias, sempre sequiosas, dos afortunados de momento, não raro consorciados a setores do Poder Público", escreveu o magistrado.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasJustiçaPernambucoRecife

Mais de Brasil

PGR defende que Collor vá para prisão domiciliar

Dino suspende pagamento de emendas parlamentares de saúde sem conta bancária específica

Oposição formaliza pedido de CPI do INSS com 184 assinaturas e aumenta pressão pela saída de Lupi