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Justiça aceita transferir Henrique Alves para Brasília

Preso durante a Operação Manus, no início desta semana em Natal, Alves cumpre prisão preventiva na cidade

Henrique Alves: ele é suspeito de corrupção e lavagem dinheiro por participar de desvios nas obras da Arena das Dunas (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Alves: ele é suspeito de corrupção e lavagem dinheiro por participar de desvios nas obras da Arena das Dunas (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de junho de 2017 às 21h05.

A Justiça Federal no Distrito Federal acatou o pedido de transferência do ex-ministro do Turismo Henrique Alves para Brasília.

Preso durante a Operação Manus, no início desta semana em Natal, Alves cumpre prisão preventiva na cidade.

Ele é suspeito de corrupção e lavagem dinheiro por participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas, sede da Copa do Mundo de 2014 na capital do Rio Grande do Norte. As fraudes somariam R$ 77 milhões.

O juiz da 10ª Vara da Justiça Federal Vallisney de Souza Oliveira ressalta, na decisão, que a transferência pode ser feita "desde que não haja objeção daquele Juízo Federal Criminal". Dessa forma, a transferência depende ainda de autorização da Justiça Federal no Rio Grande do Norte.

Vallisney acolheu pedido do Ministério Público Federal do Distrito Federal, onde Alves também é investigado por suspeita de ocultar R$ 20 milhões em contas no exterior. Os recursos seriam provenientes da atuação de um grupo liderado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, responsável por irregularidades nas vice-presidências de Fundos e Loterias e de Pessoas Jurídicas da Caixa Econômica Federal.

Audiência

Na decisão, o juiz marcou para o dia 19 deste mês a audiência que vai a avaliar a legalidade e necessidade de manutenção da prisão do ex-ministro.

Os casos são consequência da análise de provas colhidas em várias etapas da Operação Lava Jato, principalmente as decorrentes da quebra dos sigilos bancário e fiscal do envolvido e dos depoimentos de delatores da empreiteira Odebrecht, homologados em janeiro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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