Fábrica da Alstom: A juíza afirmou que a documentação reunida pela Promotoria contra os executivos "revela a participação dos mesmos nos fatos criminosos investigados" (VEJA SP)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2015 às 10h00.
São Paulo - A Justiça aceitou a denúncia da Promotoria contra seis executivos de empresas, entre elas a multinacional francesa Alstom, acusados de formar um cartel para repartir os contratos de reforma de trens urbanos e do metrô no estado de São Paulo, confirmaram nesta quinta-feira fontes judiciais.
A justiça de São Paulo acusou na quarta-feira César Ponce de Leon, executivo da Alstom, David Lopes, Mauricio Memória e Wilson Daré, da empresa Temoinsa do Brasil Ltda, Telmo Giolito Porto (Tejofran), e Adagir Abreu (MPE).
Os executivos são acusados de cometer delitos contra a ordem econômica e contra a administração pública por supostamente ter formado um cartel para repartir os contratos da reforma de 98 trens do metrô de São Paulo entre 2008 e 2009.
A juíza Cynthia Maria da Silva afirmou que a documentação reunida pelo Ministério Público (Promotoria) contra os executivos "revela a participação dos mesmos nos fatos criminosos investigados".
No entanto, a magistrada negou o pedido de prisão preventiva feito pela Promotoria contra o executivo César Ponce de Leon, que se encontra fora do país, ao argumentar que o fato de estar no estrangeiro não põe em perigo as investigações.
A Alstom ressaltou através de um comunicado que "respeita as leis brasileiras e as regras das licitações nas quais participa" e ressaltou que Ponce de Leon "já não faz parte do quadro de funcionários".
O suposto cartel nas licitações de metrô foi revelado em maio de 2013 pela multinacional Siemens, após um acordo com o Comitê Administrativo de Defesa Econômica (Cade).