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Justiça aceita denúncia contra advogados do PCC

Os advogados são acusados de levar recados e ordens da cúpula da facção, presa na Penitenciária de Presidente Venceslau 2 para criminosos que da rua

Prisões: a investigação também descobriu que a cúpula do PCC usufruía de "plano de saúde" com gastos mensais de cerca de R$ 400 mil (ANTONIO MILENA/Veja)

Prisões: a investigação também descobriu que a cúpula do PCC usufruía de "plano de saúde" com gastos mensais de cerca de R$ 400 mil (ANTONIO MILENA/Veja)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 15h34.

Última atualização em 12 de dezembro de 2016 às 16h42.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus o ex-vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) Luiz Carlos dos Santos e mais 53 pessoas acusadas de colaborar com a facção criminosa que age dentro dos presídios paulistas, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre estas pessoas está Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder do PCC.

Santos foi preso em novembro na Operação Ethos, que identificou 55 pessoas atuando a serviço da organização, entre elas, 14 integrantes do PCC que já estavam presos. Na operação, das 35 pessoas presas, 32 eram advogados.

Santos é acusado de receber mesada no valor de cerca de R$ 5 mil para "plantar" denúncias de violação de direitos humanos com o intuito de gerar desestabilização na segurança do estado de São Paulo.

Segundo a investigação, ele recebeu cerca de R$ 130 mil até o momento. Ele nega as acusações.

Na decisão, o magistrado Gabriel Medeiros disse ter verificado "a existência de provas do fato e de indícios razoáveis de sua autoria, bem como presentes as condições do ato e os pressupostos processuais".

O juiz determinou ainda a quebra de sigilo bancário e fiscal dos acusados "como forma de permitir boa elucidação dos fatos".

A Agência Brasil tentou entrar em contato com o advogado de Santos, mas até o momento não obteve sucesso.

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