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Juros do crédito ao consumidor voltam a subir em dezembro

Pesquisa da Anefac mostra que juro médio à pessoa física chegou a 6,79% ao mês, maior taxa desde julho de 2010

Com exceção do crédito rotativo e do cheque especial, as demais linhas de crédito tiveram alta nos juros (Roberto Setton/EXAME)

Com exceção do crédito rotativo e do cheque especial, as demais linhas de crédito tiveram alta nos juros (Roberto Setton/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 09h49.

São Paulo - Em dezembro de 2010 as taxas de juros do crédito ao consumidor voltaram a aumentar. Segundo pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o juro médio para pessoa física subiu de 6,74% ao mês em novembro para 6,79% ao mês em dezembro (119,97% ao ano), a maior taxa desde julho de 2010.

Segundo a pesquisa, o juro do cartão de crédito rotativo não apresentou alteração. Já as taxas do cheque especial diminuíram. Todas as outras formas de crédito para pessoa física tiveram suas taxas elevadas no último mês de 2010.

No caso do cartão de crédito, apesar de não ter sido alterada, a taxa de 10,69% ao mês é a maior desde junho de 2000 (naquele ano, o juro foi de 10,70% ao mês). O juro do cheque especial passou de 7,59% em novembro para 7,57% ao mês em dezembro. Os juros do comércio passaram de 5,59% em novembro para 5,69% ao mês em dezembro.

Veja na tabela abaixo a evolução dos juros no último mês de 2010:

Liha de crédito Dezembro de 2010
  Taxa ao mês Taxa ao ano
Juros do comércio 5,69% 94,27%
Cartão de crédito 10,69% 238,30%
Cheque especial 7,57% 140,05%
CDC - Bancos 2,40% 32,92%
Empréstimo pessoal (bancos) 4,77% 74,92%
Empréstimo pessoal (financeiras) 9,64% 201,74%

De acordo com o coordenador do estudo e vice-presidente da Anefac, Miguel de Oliviera, estas altas podem ser atribuídas às medidas prudenciais anunciadas pelo Banco Central no fim do ano passado. Além disso, boa parte do aumento dos juros também se deve à provável elevação da taxa básica de juros (Selic) para conter o avanço da inflação.

Entre abril e setembro, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 2 pontos percentuais, de 8,75% para 10,75% ao ano. Nas reuniões seguintes, a autoridade monetária manteve a Selic estável. Neste período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 1,99 pontos percentuais, de 121,96% ao ano em janeiro para 119,97% ao ano em dezembro.

Perspectivas

Segudo Miguel de Oliveira, depois das medidas introduzidas pelo Banco Central no começo de dezembro e a provável alta da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 18 e 19 de janeiro, as taxas de juros das operações de crédito devem aumentar nos próximos meses. 

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