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Juro ao consumidor sobe ao maior nível em 7 meses

Medidas do Banco Central para conter o consumo provocaram aumento de todas as taxas, à exceção do cartão de crédito

Medidas do BC levaram os juros ao maior patamar desde junho de 2010 (Arquivo/Exame/EXAME.com)

Medidas do BC levaram os juros ao maior patamar desde junho de 2010 (Arquivo/Exame/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 10h18.

São Paulo - Levantamento feito pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que o juro do crédito ao consumidor ficou mais caro em janeiro deste ano. Na média, as taxas para pessoa física chegaram a 121,46% ao ano, o maior nível desde junho de 2010.

Embora não tenham subido entre dezembro e janeiro, os juros do cartão de crédito continuam sendo os mais elevados, permanecendo em 238,3% ao ano. Já a taxa do cheque especial passou de 140,05% ao ano em dezembro para 141,66% ao ano no primeiro mês de 2011.

Segundo o coordenador de pesquisas econômicas da Anefac, Miguel de Oliveira, o aumento das taxas em todas as categorias, exceto a do cartão de crédito, tem como causas três fatores. O primeiro é a elevação dos depósitos compulsórios promovida pelo Banco Central (BC) no começo de dezembro do ano passado.

As outras medidas chamadas pelo BC de macroprudenciais são o segundo motivo. Dentre elas está a elevação do requerimento de capital para as operações de crédito a pessoas físicas com prazos maiores que 24 meses. Por fim, há o efeito do aumento da taxa básica de juros, promovido em janeiro deste ano.

Para Oliveira, novas elevações da taxa Selic são praticamente certas, já que as perspectivas são de aumento da inflação ao longo do ano. Assim as taxas de juros das operações de crédito deverão aumentar novamente nos próximos meses.

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