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Jungmann toma posse com promessa de evitar cortes na Defesa

O ajuste no orçamento e o consequente corte de recursos para diversas ações do governo federal foi uma das primeiras intenções anunciadas por Michel Temer


	Jungmann: o novo ministro disse que resolver essas questões seria o "objeto prioritário” de suas preocupações
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Jungmann: o novo ministro disse que resolver essas questões seria o "objeto prioritário” de suas preocupações (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 18h27.

O novo ministro da Defesa, Raul Jungmann, tomou posse hoje (16) com a promessa de se empenhar ao máximo para evitar cortes orçamentários nas Forças Armadas.

O ajuste no orçamento e o consequente corte de recursos para diversas ações do governo federal foi uma das primeiras intenções anunciadas por Michel Temer ao assumir interinamente a Presidência da República após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff.

O novo ministro disse que resolver essas questões seria o "objeto prioritário” de suas preocupações.

“Resolver questões estruturantes como o caso do orçamento da Defesa, que não pode permanecer exposto às variações que nos criam problemas para o desenvolvimento de projetos, e também a questão previdenciária”, afirmou Jungmann durante o discurso de posse.

A afirmação de Jungmann pode ser entendida como uma resposta aos pleitos das Forças Aramadas.

Antes de discursar, Jungmann ouviu do comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, o pedido de mais recursos, especialmente para ampliar projetos voltados para a indústria de defesa.

“Eles geram desenvolvimento de tecnologias essenciais e geração de emprego”, informou.

No fim da cerimônia, durante entrevista a jornalistas, Jungmann disse que buscará centralizar as demandas de recursos para conclusão de projetos específicos, como o de construção do submarino nuclear, e que se reunirá com o os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Romero Jucá, para tratar do fluxo de recursos para assegurar o cronograma desses projetos.

Jogos Olímpicos

Segundo ele, os projetos estratégicos são importantes para a defesa e para o desenvolvimento do Brasil, por trazerem aporte de tecnologia que pode ser usada para fins pacíficos.

Para Jugmann, não se pode ter projetos estratégico, como submarino nuclear, návios, cibernetícos, durante décadas. “Espero que consiga convencê-los de que precisamos concluir esses projetos.”

O ministro também falou sobre a participação do ministério na realização da Olimpíada. De acordo com Jungmann, o processo de organização da competição ficou a cargo da prefeitura do Rio de Janeiro e que novo governo “vai liderar” o processo.

“Logo mais vamos ter uma reunião conjunta de ministros e na quarta-feira (18) estarei lá para superviosionar as obras, fazer contatos com autoridades e um monitramento permentante do que está sendo feito”, destacou.

Jungmann disse ainda que está confiante na estratégia de segurança dos Jogos Olímpicos e descartou a possibilidade de uso das Forças Armadas para segurança do evento.

“Temos total capacidade de suprir qualquer deficiência e quaisquer problemas. Não temos, portanto, o que temer e acho que isso deve ser assim até o fim da Olimpíada.”

Filiado ao PPS, Raul Jungmann foi anunciado semana passada como ministro da Defesa.

Formado em psicologia e consultor de empresas, natural do Recife, ele ocupou cargos nos governos Itamar Franco (Secretaria Executiva do Ministério do Planejamento) e de Fernando Henrique Cardoso (presidência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra e também do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, além de ministro do Desenvolvimento Agrário.

A cerimônia de posse ocorreu no Clube da Aeronáutica de Brasília. Além dos militares, maioria dos presentes, alguns parlamentares participaram da solenidade.

Também estiveram presentes o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão.

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