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Jungmann promete punição a envolvidos no assassinato de Marielle

Marielle era ativista dos direitos humanos, que combatia e denunciava regularmente abusos e excessos em ações da polícia

Jungmann: "Tudo tem que ser apurado e, particularmente, saber quem foram os executantes, se existem mandantes e a quem estão relacionados e por quê, além de puni-los" (Beto Barata/Agência Brasil)

Jungmann: "Tudo tem que ser apurado e, particularmente, saber quem foram os executantes, se existem mandantes e a quem estão relacionados e por quê, além de puni-los" (Beto Barata/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 15 de março de 2018 às 20h30.

Rio de Janeiro - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prometeu nesta quinta-feira que os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na véspera, serão encontrados e punidos, sejam eles quem forem.

A declaração foi feita ao ser questionado por jornalistas nessa quinta-feira se a morte da parlamentar carioca poderia ter sido cometida por policiais do Rio de Janeiro ou de forças ligadas à polícia local.

Marielle era uma ativista dos direitos humanos, que combatia e denunciava regularmente, inclusive nas redes sociais, abusos e excessos em ações da polícia em comunidades carentes da cidade.

"Tudo tem que ser apurado e, particularmente, saber quem foram os executantes, se existem mandantes e a quem estão relacionados e por quê, além de puni-los", disse Jungmann a jornalistas no Centro Integrado de Comando e Controle, que fica a poucos metros do local do assassinato.

"Temos que colocá-los na cadeia, seja quem for... uma coisa é você se sentir incomodado e discordar, outra coisa é tirar a vida de uma pessoa e isso tem que ser punido, seja de dentro ou de fora (da polícia). Tem que pagar por esse crime bárbaro", acrescentou o ministro, que foi ao Rio acompanhar de perto o andamento das investigações sobre o assassinato.

Segundo ele, todas as hipóteses estão sendo consideradas neste estágio inicial das investigações. Para o ministro, a investigação, a rigor, já está federalizada devido à intervenção federal na área de segurança pública do Estado, mas a Polícia Civil do Rio comandará as investigações.

Nesta manhã, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, abriu uma investigação preliminar a fim de avaliar se pede formalmente a federalização das investigações do assassinato da vereadora.

Esforço conjunto

Segundo Jungmann, há uma mobilização das forças policiais e militares em torno da apuração do assassinato e na busca da identificação dos mandantes e executores do crime. Os serviços de inteligência de todas as forças também estão agindo conjuntamente na apuração do crime.

"Espero que a resposta seja rápida e confiamos no trabalho da polícia civil e das demais polícias", disse.

Testemunhas do crime, entre elas a assessora da vereadora que estava no mesmo carro da parlamentar e do motorista mortos, já foram ouvidos e câmaras de segurança da região também estão sendo analisadas para tentar identificar os autores das mortes.

O crime contra a vereadora acontece em meio a uma intervenção federal na área de segurança do Estado, mas o ministro declarou que as Forças Armadas não vieram ao Rio para fazer mágica no combate ao crime.

"Não sei se é o teste de fogo da intervenção, mas vamos apurar e punir os responsáveis... o que importa é punir quem cometeu," disse. "Vamos fazer justiça."

A intervenção foi decretada há cerca de um mês após uma escalada da violência no Estado e diante da incapacidade de investimentos do Rio de Janeiro nas suas forças policiais em virtude de uma grave crise fiscal local.

 

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