Marielle Franco: vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada em 14 de março deste ano (Lucas Landau/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de junho de 2018 às 13h55.
Última atualização em 13 de junho de 2018 às 13h56.
Rio de Janeiro - Em entrevista na manhã desta quarta-feira, 13, à rádio CBN, o ministro extraordinário da Segurança, Raul Jungmann, afirmou que o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março, está levando aproximadamente o mesmo tempo para ser solucionado que outros crimes de grande repercussão no Rio.
Ele citou como exemplo o desaparecimento do pedreiro Amarildo, na Rocinha (zona sul do Rio), em 2013, e a execução da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, em 2014. Nesta quinta-feira, 15, a morte de Marielle e Anderson completa três meses sem solução.
"Eu tenho como parâmetro o caso do Amarildo, que levou aproximadamente de 90 a cem dias, se não me falha a memória, e o caso da Patrícia Acioli. (Esses casos) foram desvendados pela mesma equipe que está investigando o caso da Marielle", afirmou.
O ministro ressaltou que a mobilização para a solução do caso é intensa. "A Polícia Federal está colaborando intensamente, todas as outras áreas de inteligência (também estão colaborando) para que se possa construir provas e chegar até o executante e também até o mandante desse crime", disse. "É do interesse de todos que seja esclarecido", continuou.
Jungmann lembrou, no entanto, que um complicador no caso das mortes de Marielle e Anderson é que a motivação do crime é desconhecida: "O que acontece é que esse é um crime de desvendamento complexo. Pelo menos até onde eu saiba, e eu devo voltar ao Rio esta semana, não se tinha informação do motivo. Qual foi a ameaça? Qual foi o conflito em que Marielle se envolveu para que acontecesse essa tragédia que aconteceu com ela?"