Marielle Franco: assassinato da vereadora segue em investigação (Jose Cabezas/Reuters/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de agosto de 2019 às 21h24.
Última atualização em 2 de agosto de 2019 às 21h26.
Rio de Janeiro — A segunda parte da audiência de instrução e julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, réus que respondem pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, continuou na tarde desta sexta-feira, 2, no fórum central do Rio de Janeiro, no centro da cidade.
A previsão é que fossem ouvidas três pessoas, elencadas como testemunhas: a arquiteta Mônica Benício, viúva de Marielle; o delegado Giniton Lages, responsável pela primeira fase da investigação, e a perita Maria do Carmo Gargaglione, da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público estadual do Rio (MP-RJ).
Lessa e Queiroz acompanharam os depoimentos por teleconferência, pois estão detidos no presídio federal de Porto Velho-RO.
A audiência na 4ª Vara Criminal do Rio começou por volta das 14h30 e não pode ser acompanhada pela imprensa, pois o processo tramita em segredo de Justiça. A primeira a depor foi Mônica Benício, que saiu do fórum por volta das 16h30.
"Dentro do esperado e do possível, a gente está caminhando. Infelizmente não é no ritmo que a sociedade gostaria, mas com algum otimismo. Eu estou com confiança de que o processo está caminhando para fazer justiça por Marielle e Anderson", afirmou a arquiteta.
"Obviamente que, no campo pessoal, é muito difícil. Não é muito confortável. Mas, enfim... como testemunha e vítima, eu tenho muito pouco a contribuir de fato. A não ser sobre a agenda e o dia a dia da Marielle", completou a viúva.
As outras duas testemunhas seriam ouvidas em seguida. A primeira parte da audiência foi realizada no dia 7 de junho, no mesmo local. Ainda não há data prevista para a continuidade da audiência.
O crime ocorreu em 14 de março de 2018, e os dois réus foram presos em 12 de março deste ano.