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Juízes federais podem fazer greve para defender auxílio-moradia

Segundo a Folha de S.Paulo, cerca de 100 juízes federais estão começando uma mobilização para convocar paralisação

Juízes: última greve da magistratura ocorreu em 1999 (AFP/AFP)

Juízes: última greve da magistratura ocorreu em 1999 (AFP/AFP)

Luiza Calegari

Luiza Calegari

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 09h57.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2018 às 14h20.

São Paulo – Cerca de 100 juízes federais estão se mobilizando para convocar uma greve nacional, segundo a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo.

Eles estão insatisfeitos com a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de marcar o julgamento de uma ação sobre o pagamento de auxílio-moradia a juízes federais para o dia 22 de março.

Segundo os magistrados, a iniciativa é seletiva, já que ela não pôs em pauta uma outra ação que também questiona o benefício dos juízes estaduais.

Segundo a Folha, eles entraram em contato com a diretoria da Associação dos Juízes Federais, que agora avalia a convocação de uma assembleia para debater o tema.

O jornal ainda lembra que a última greve da magistratura ocorreu em 1999, quando os juízes reivindicavam reajustes salariais.

O teto salarial do funcionalismo público no país é determinado justamente pelo maior salário do Judiciário (dos ministros do STF), de cerca de 33 mil reais.

Os benefícios pagos aos juízes, como o auxílio-moradia, não entram no cálculo e podem fazer com que, na prática, alguns profissionais ganhem mais que o teto, mas ainda obedecendo à lei. Atualmente, o auxílio-moradia é de 4,3 mil reais.

A decisão sobre o pagamento do benefício tinha sido tomada em caráter liminar pelo ministro Luiz Fux, do Supremo. Agora, ele liberou a liminar para ser votada em plenário por todo o STF, o que dará caráter definitivo à decisão.

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