Brasília - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, abriu hoje (15) ação penal envolvendo mais sete investigados, quatro deles ligados à Galvão Engenharia.
O doleiro Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e Waldomiro de Oliveira, ligado ao doleiro, também passam à condição de réus.
Até o momento, dos 39 denunciados 19 tornaram-se réus nas ações penais oriundas da operação.
Na decisão que envolve a empreiteira Galvão Engenharia, Moro recebeu denúncia contra Erton Medeiros Fonseca, Jean Alberto Luscher Castro, Dario de Queiroz Galvão Filho e Eduardo de Queiroz Galvão. Todos ligados à empresa.
Ao analisar os argumentos apresentados na denúncia formulada pelo Ministério Público, o juiz entendeu que há indícios do envolvimento dos investigados na celebração de contratos fraudulentos com a Petrobras.
“Mais do que os depoimentos prestados pelos criminosos colaboradores, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, além daqueles prestados por outros acusados e testemunhas, há prova documental dos contratos celebrados entre a Galvão Engenharia e as empresas controladas por Youssef, com a realização de depósitos vultosos sem aparente causa econômica lícita, e que bastam para conferir, nessa fase, credibilidade à denúncia”, afirmou o juiz. Moro também já recebeu denúncia contra seis executivos ligados à Engevix e seis da OAS.
A Agência Brasil entrou em contato com a Galvão Engenharia, mas até a publicação desta reportagem não recebeu retorno da empresa.
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1. MPF quer ressarcimento de R$ 1 bilhão
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1/7 (Nacho Doce/Reuters)
São Paulo - Depois de 16 meses de investigações, 36 pessoas que estavam na mira da
Operação Lava Jato foram denunciadas pelo Ministério Público Federal. Este, contudo, seria apenas o começo, de acordo com
Rodrigo Janot, procurador-geral da República e chefe do MPF. Ao todo, 23 pessoas
ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix,
Galvão Engenharia,
Mendes Júnior, OAS e UTC também foram denunciadas pela Procuradoria. O MPF estima que 286 milhões de reais tenham sido movimentados no esquema e espera um
ressarcimento mínimo de 971,5 milhões de reais.
Se o juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso, acatar a denúncia, os 35 envolvidos serão julgados por crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime de corrupção. Segundo o relatório divulgado pela Procuradoria, as penas podem chegar a 127 anos de detenção, caso o réu seja considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, 3 atos de corrupção e 3 atos de lavagem de dinheiro. A Mendes Júnior, por exemplo, teria acumulado 53 atos de corrupção. Veja a lista de penas possíveis para cada crime:
Veja a lista dos
35 denunciados no esquema de corrupção da Petrobras.
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2. Mendes Junior + GFD
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2/7 (Divulgação)
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3. Camargo Corrêa + UTC
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3/7 (Divulgação)
Veja o posicionamento da Camargo Corrêa e da UTC “A Construtora Camargo Corrêa esclarece que pela primeira vez seus executivos terão a oportunidade de conhecer todos os elementos do referido processo e apresentar sua defesa com a expectativa de um julgamento justo e equilibrado.” "Os advogados da UTC não tiveram acesso à denúncia e só se manifestarão depois de analisá-la."
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4. Engevix
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4/7 (Divulgação/ Engevix)
Veja o posicionamento da Engevix:
"A Engevix, por meio dos seus advogados, prestará os esclarecimentos necessários à justiça."
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5. Galvão Engenharia
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5/7 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
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6. OAS
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6/7 (REUTERS/Aly Song)
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7. Veja outras matérias sobre a corrupção na Petrobras
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7/7 (Vanderlei Almeida/AFP)