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Juiz proíbe notícia sobre investigação no TJ-PR

O jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, está proibido de publicar informações sobre investigações abertas contra o presidente do tribunal, Clayton Camargo


	Martelo da Justiça: a Gazeta do Povo classificou a ação movida pelo presidente do TJ-PR como "um pedido de censura"
 (Stock.Xchange)

Martelo da Justiça: a Gazeta do Povo classificou a ação movida pelo presidente do TJ-PR como "um pedido de censura" (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 09h50.

São Paulo - O jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, está proibido de publicar informações sobre investigações abertas contra o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado, Clayton Camargo. A decisão da Justiça pede ainda que o veículo retire do ar reportagens que estão na internet e estabelece multa diária de R$ 10 mil caso a ordem seja descumprida.

A liminar que proibiu o jornal de "divulgar escritos e/ou de publicar matérias jornalísticas que atinjam a honra, a boa fama e a respeitabilidade do autor (Camargo)" foi concedida em 20 de julho pelo juiz Benjamin Acácio de Moura e Costa.

Em recurso ajuizado neste mês, a Gazeta do Povo classificou a ação movida pelo presidente do TJ-PR como "um pedido de censura ao jornal, de modo a proibi-lo de divulgar fatos de interesse público".

Desde abril, Camargo é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suspeita de venda de sentença. No mês passado, a corregedoria do órgão abriu nova investigação contra o desembargador, para verificar se ele teve influência na escolha de seu filho, o deputado estadual Fábio Camargo (PTB), para uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Como o processo corre em segredo de Justiça, a direção do núcleo de jornalismo e o Departamento Jurídico da Gazeta do Povo disseram que não podem se manifestar sobre o assunto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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