Brasil

Juiz do MT condena BNDES e BB antes de se filiar ao PMDB

A condenação foi feita um dia antes de Julier da Silva oficializar a saída da magistratura para se filiar ao PMDB


	Mato Grosso: processo tratou de desvios no empréstimos feito ao governo estadual para compra de maquinário, sob administração de Blairo Maggi, em 2010
 (Wikimedia Commons)

Mato Grosso: processo tratou de desvios no empréstimos feito ao governo estadual para compra de maquinário, sob administração de Blairo Maggi, em 2010 (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 17h24.

São Paulo - Possível candidato ao governo do Mato Grosso, o então juiz Julier da Silva condenou o Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) e dois ex-secretários estaduais por supostamente não terem fiscalizado a aplicação de um empréstimo de R$ 241 milhões feito ao governo estadual.

A condenação foi feita um dia antes de Julier oficializar a saída da magistratura para se filiar ao PMDB.

O processo tratou de desvios no empréstimos feito ao governo estadual para a compra de maquinário, sob a administração de Blairo Maggi (PR-MT), em 2010.

Do total de R$ 241 milhões, cerca de R$ 44,5 milhões teriam sido "desviados de sua finalidade, beneficiando as empresas licitadas com o pagamento indevido". O Banco do Brasil atuou como agente financeiro do BNDES na operação.

Julier entendeu que os dois órgãos e os então secretários da Administração Geraldo Aparecido de Vitto Junior e da Infraestrutura Vilceu Francisco Marcheti eram responsáveis diretos pela fiscalização do cumprimento do contrato de licitação.

Assim, eles foram, junto com as empresas e o próprio Estado do Mato Grosso, condenados a devolver o montante desviado. Tanto o ex-governador Maggi - hoje senador - quanto o então secretário da Fazenda, Eder de Moraes Dias, foram livrados da condenação.

Questionado sobre a situação de Maggi no processo e a possível parceria em um cenário em que Julier fosse candidato a governador, o magistrado afirmou que os autos mostravam que tanto o então governador quanto o secretário da Fazenda atuaram apenas nas assinaturas dos contratos.

"A destinação de verba para o maquinário foi de responsabilidade das Secretarias de Administração e Infraestrutura", comentou.

Julier não confirma a participação na disputa eleitoral como candidato a governador do Mato Grosso. "Por ora, eu sou apenas um filiado. Essas questões das eleições de 2014 vão ser discutidas com o partido", afirmou, mas ressaltando que tem vontade e se sentiria muito honrado se a legenda entendesse que ele deve ser o candidato.

Acompanhe tudo sobre:BancosBB – Banco do BrasilBNDESEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpréstimosFiscalização

Mais de Brasil

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje