Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 20h28.
Brasília - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, determinou hoje (21) que a prefeitura de São Paulo libere em 30 dias as notas fiscais de prestação de serviços feitas por cinco empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef.
As informações foram solicitadas pela Policia Federal, mas a Secretaria Municipal de Finanças negou o acesso por se tratar de dados sigilosos.
Moro decretou a quebra de sigilo fiscal e bancário das empresas CSA Project, GFD Investimentos, MO Consultoria, Empreiteira Rigidez e RCI Software.
De acordo com a decisão, a prefeitura de São Paulo, a Secretaria Municipal de Finanças e a Divisão de Arrecadação e Cobrança deverão fornecer cópia das notas emitidas pelas empresas entre 2004 e 2014.
"As referidas empresas foram utilizadas em esquema criminoso de desvio de recursos públicos. Valores eram depositados nas contas das referidas empresas, com simulação da prestação de serviços por elas aos depositantes para ocultar a natureza criminosa das transações, em realidade, de lavagem de dinheiro ou pagamento de propina", justificou o juiz.
As notas vão ajudar a PF a investigar supostos ramos de atuação de Youssef fora da Petrobras.