Brasília - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, recebeu hoje (15) denúncia contra nove investigados, seis deles ligados à empreiteira OAS.
O doleiro Alberto Youssef , Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, e Waldomiro de Oliveira, ligado ao doleiro, também passam à condição de réus na ação penal.
Com a decisão, responderão a ação penal José Adelmário Filho, Waldomiro de Oliveira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Fernando Augusto Stremel Andrade e João Alberto Lazzari. Todos são ligados a OAS.
De acordo com o juiz, há provas e depoimentos de delação premiada, feitos por Youssef e Paulo Roberto Costa, de que os contratos assinados entre OAS e empresas controladas pelo doleiro foram feitos sem a comprovação da prestação dos serviços.
“Em decorrência do esquema criminoso, os dirigentes da OAS teriam destinado pelo menos 1% sobre o valor dos contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da Petrobrás. Parte dos valores foi paga a Paulo Roberto Costa, enquanto ele ainda era diretor de Abastecimento, e outro montante após a saída dele”, afirmou o juiz.
Semana passada, o Ministério Público Federal no Paraná denunciou 36 pessoas investigadas na sétima fase da Operação Lava Jato. A maioria delas é ligada às empreiteiras.
A Agência Brasil entrou em contato com a OAS e aguarda retorno.
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1. MPF quer ressarcimento de R$ 1 bilhão
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1/7 (Nacho Doce/Reuters)
São Paulo - Depois de 16 meses de investigações, 36 pessoas que estavam na mira da
Operação Lava Jato foram denunciadas pelo Ministério Público Federal. Este, contudo, seria apenas o começo, de acordo com
Rodrigo Janot, procurador-geral da República e chefe do MPF. Ao todo, 23 pessoas
ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix,
Galvão Engenharia,
Mendes Júnior, OAS e UTC também foram denunciadas pela Procuradoria. O MPF estima que 286 milhões de reais tenham sido movimentados no esquema e espera um
ressarcimento mínimo de 971,5 milhões de reais.
Se o juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso, acatar a denúncia, os 35 envolvidos serão julgados por crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime de corrupção. Segundo o relatório divulgado pela Procuradoria, as penas podem chegar a 127 anos de detenção, caso o réu seja considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, 3 atos de corrupção e 3 atos de lavagem de dinheiro. A Mendes Júnior, por exemplo, teria acumulado 53 atos de corrupção. Veja a lista de penas possíveis para cada crime:
Veja a lista dos
35 denunciados no esquema de corrupção da Petrobras.
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2. Mendes Junior + GFD
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2/7 (Divulgação)
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3. Camargo Corrêa + UTC
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3/7 (Divulgação)
Veja o posicionamento da Camargo Corrêa e da UTC “A Construtora Camargo Corrêa esclarece que pela primeira vez seus executivos terão a oportunidade de conhecer todos os elementos do referido processo e apresentar sua defesa com a expectativa de um julgamento justo e equilibrado.” "Os advogados da UTC não tiveram acesso à denúncia e só se manifestarão depois de analisá-la."
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4. Engevix
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4/7 (Divulgação/ Engevix)
Veja o posicionamento da Engevix:
"A Engevix, por meio dos seus advogados, prestará os esclarecimentos necessários à justiça."
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5. Galvão Engenharia
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5/7 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
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6. OAS
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6/7 (REUTERS/Aly Song)
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7. Veja outras matérias sobre a corrupção na Petrobras
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7/7 (Vanderlei Almeida/AFP)