Romero Jucá sustentou que a hipótese de levar a proposta a plenário sem a análise das comissões "não condiz com a realidade" (Agência Brasil/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 6 de junho de 2017 às 11h12.
Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a negar nesta terça-feira que tenha a intenção de levar a reforma trabalhista direto para o plenário da Casa, e reafirmou que a ideia é discutir o mérito e a constitucionalidade da proposta nas comissões.
Em fala no início da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde a matéria deve ser votada nesta terça-feira, Jucá ponderou que para levar a proposta diretamente ao plenário teria de apresentar um requerimento de urgência, com tramitação e prazos próprios, o que poderia "tumultuar" o andamento da reforma.
"Nós combinamos de discutir nas duas comissões de mérito (CAE e Comissão de Assuntos Sociais), que têm o mesmo relator", disse, referindo-se ao relator Ricardo Ferraço (PSDB-ES), responsável pela elaboração dos pareceres nessas duas comissões.
Jucá sustentou que a hipótese de levar a proposta a plenário sem a análise das comissões "não condiz com a realidade", e garantiu que o rito previsto será seguido.
Pelo calendário previsto, concluída a votação na CAE nesta terça, Ferraço deve apresentar seu parecer na CAS já na quarta-feira. Depois da análise na CAS, a proposta ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde será relatada por Jucá.