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Jucá: nova denúncia contra Temer seria ato melancólico de Janot

Segundo o senador, os fatos revelados por Janot mostram que a primeira denúncia apresentada contra Temer se tratou de uma "armação" de Joesley

Romero Jucá: "Eu não sei qual é a denúncia que o Janot ia apresentar" (Valter Campanato/Agência Brasil)

Romero Jucá: "Eu não sei qual é a denúncia que o Janot ia apresentar" (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 18h36.

Brasília - Líder do governo no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse nesta terça-feira, 5, que a apresentação de uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer seria uma "posição melancólica" do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"Eu não sei qual é a denúncia que o Janot ia apresentar. Se ele tem consciência, se ele tem responsabilidade, se ele tem certeza, ele apresenta. Se ele não tem, eu espero que não seja uma posição melancólica e incorreta do Ministério Público como foi a primeira denúncia", disse.

Segundo o senador, os fatos revelados por Janot nesta segunda-feira, 4, levantam dúvidas em relação ao acordo de delação premiada dos empresários da JBS e mostram que a primeira denúncia apresentada contra Temer se tratou de uma "armação" de Joesley Batista para conseguir perdão aos crimes cometidos e não ir para a cadeia.

Para Jucá, "há muitas coincidências que precisam ser investigadas", especialmente em relação à atuação do advogado Marcelo Miller.

O líder governista afirmou que o ex-procurador atuou, enquanto esteve no Ministério Público Federal, não somente no acordo da JBS, mas também nas delações do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, do ex-senador Delcídio Amaral e do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

O peemedebista é citado por todos eles e, ao todo, responde por 14 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), a maioria deles em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.

O senador também defendeu que o Congresso abra uma investigação independente do caso. Ele, no entanto, não deu detalhes se isso seria feito através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito ou algum outro instrumento.

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