Juca Ferreira: a volta de Juca Ferreira à Esplanada dos Ministérios está vinculada tanto à atuação na prefeitura de São Paulo como na campanha de Dilma à reeleição (ABr/Marcello Casal Jr)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 21h49.
Brasília - Atual secretário de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, de 65 anos, foi anunciado hoje (30) como novo chefe do Ministério da Cultura (MinC). O nome foi divulgado no começo da noite, por meio de nota, pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
O baiano estará à frente do ministério pela segunda vez. A primeira foi durante o governo Lula, em 2008, quando substituiu o músico Gilberto Gil, com quem trabalhou durante mais de cinco anos no MinC como secretário executivo, entre 2003 e 2008. Na sua primeira passagem pelo ministério, Juca colaborou na formulação dos Pontos de Cultura, programa que levou para São Paulo.
A volta de Juca Ferreira à Esplanada dos Ministérios está vinculada tanto à atuação na prefeitura de São Paulo como na campanha de Dilma à reeleição. Ele coordenou o programa de cultura da candidata e também mobilizou artistas e grupos culturais para apoiá-la. Nas últimas semanas da disputa, chegou a se licenciar da prefeitura para dedicar-se exclusivamente às eleições.
A militância política do futuro ministro da Cultura vem desde a juventude. Ele foi líder estudantil e, em 1968, chegou a ser eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), mas não assumiu por causa do Ato Institucional Número 5, que proibiu o funcionamento da entidade. Juca viveu nove anos no exílio no Chile, na Suécia e na França, onde se formou em Ciências Sociais na Universidade Paris 1 – Sorbonne.
No Brasil, passou a atuar com políticas de cultura na Bahia. Nos anos 1980, ingressou também na militância ambiental. Depois, participou de fóruns internacionais sobre cultura e meio ambiente como representante da sociedade civil.
Filiado ao PV, foi secretário municipal de Meio Ambiente de Salvador e vereador da capital baiana por dois mandatos, tendo sido eleito em 1992 e 2000. Depois de mais duas décadas no PV, filiou-se ao PT em 2012.