Moreira Franco: Moreira, indicado para ministro da Secretaria-Geral da Presidência, foi citado em delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho (Facebook Moreira Franco/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 15h41.
Última atualização em 3 de fevereiro de 2017 às 16h30.
Brasília - O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), minimizou as críticas, inclusive da base aliada, de que a nomeação de Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência por meio de medida provisória tem por objetivo garantir a ele foro privilegiado.
Moreira foi citado em delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho. A MP editada nesta sexta-feira, 3, dá a prerrogativa a Moreira Franco de responder a eventuais investigações criminais somente perante o Supremo Tribunal Federal (STF).
"Mencionado na Lava Jato, todo mundo vai ser de alguma forma, ainda mais quando querem dar essa visão geral de que toda doação de campanha é irregularidade", rebateu Jucá.
"Não vejo problema para o Moreira, Padilha nem comigo", completou ele, referindo-se também ao seu caso e ao de ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também citados em delações da Odebrecht.
O peemedebista disse que Moreira já vinha atuando como um "ministro" no governo Temer e que, com a MP, ele terá uma série de novas atribuições, como cuidar da comunicação do Executivo.
Ele defendeu novamente a divulgação da íntegra do conteúdo das delações dos 77 dos executivos da Odebrecht e reafirmou que vai buscar a aprovação de um projeto apresentado por ele que prevê a liberação de todas as informações de apurações em curso, inclusive delações.