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Romero Jucá: saída do cargo "é decisão de Temer"

Senador deu entrevista coletiva após divulgação de áudios em que diz que é preciso "estancar a sangria" da Operação Lava Jato.


	Romero Jucá, ministro do Planejamento: "não tenho nada a temer"
 (Agência Brasil/Wilson Dias)

Romero Jucá, ministro do Planejamento: "não tenho nada a temer" (Agência Brasil/Wilson Dias)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 23 de maio de 2016 às 12h57.

São Paulo — O ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) deu explicações nesta segunda-feira (23) sobre o diálogo com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em que sugere um "pacto" para “estancar a sangria” da Operação Lava Jato (veja mais detalhes)

As conversas foram divulgadas durante a manhã pelo jornal Folha de S. Paulo. Em entrevista coletiva, Jucá se defendeu e disse que apoia a Lava Jato. O diálogo, segundo ele, ocorreu após Machado procurá-lo para discutir a situação política do país. De acordo com ele, a conversa foi longa e o que foi divulgado "foram apenas trechos", que segundo ele, estão fora do contexto. 

"Não tenho nada a temer, não devo nada a ninguém", disse Jucá. O ministro afirmou, também, que nunca tratou com ninguém para tentar interferir as investigações e que está tranquilo. 

"[É preciso] estancar a paralisia do Brasil, a sangria da economia e do desemprego e delimitar quem tem culpa e quem não tem culpa", afirmou. "Entendo que todo político deve ser investigado. Se houver culpa ou responsabilidade deve pagar por isso. E inadmissível, no entanto, que os anos passem com dúvidas sobre a classe política, sem a manifestação da Justiça". 

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