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Jucá atribui derrota nas urnas a Lava Jato, imprensa e venezuelanos

Senador não conseguiu renovar o mandato por causa de uma diferença de apenas 426 votos

Romero Jucá: para político, Ministério Público e a imprensa atuaram contra a classe política e promoveram uma espécie de "linchamento" (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

Romero Jucá: para político, Ministério Público e a imprensa atuaram contra a classe política e promoveram uma espécie de "linchamento" (Fabio Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 15h36.

Brasília - O senador Romero Jucá (MDB-RR) responsabilizou a crise humanitária que atingiu Roraima, devido ao fluxo migratório de venezuelanos na região, e a Operação Lava Jato por sua derrota nas urnas, no último domingo, 7.

Por uma diferença de apenas 426 votos, o emedebista não conseguiu um novo mandato de senador, ficando em terceiro lugar, atrás dos candidatos eleitos Chico Rodrigues (DEM) e Mecias de Jesus (PRB).

"Eu não estarei na linha de frente porque não estarei no Senado, pela primeira vez. Perdi por 426 votos, em uma eleição dura, maculada pela invasão dos venezuelanos, pelo corte de energia da Venezuela permanentemente durante a campanha. Então, foi uma campanha com uma conjuntura muito difícil, além dos ataques que sofri durante dois anos pela Lava Jato", disse o senador.

Segundo Jucá, o Ministério Público e a imprensa atuaram contra a classe política e promoveram uma espécie de "linchamento". "Tivemos conjuntura contra a política. O que o Ministério Público com o (Rodrigo) Janot fizeram com os outros órgãos foi uma condenação da política, de véspera. Foi um linchamento sem julgamento. Eu eventualmente fui atingido por isso, mas não foi o determinante para a eleição em Roraima. O determinante foi a conjuntura grave que o Estado está passando e, portanto, essa situação de mau humor que estava a população toda do Estado", disse.

Jucá disse que agora "vai trabalhar" para "viver de salário" porque "não é rico". Ele disse que vai voltar a atuar como economista, sua área de formação, a partir de fevereiro de 2019, quando não terá mais mandato.

"Eu vou trabalhar. Eu vivo de salário. Eu, diferente do que disseram na imprensa, não sou uma pessoa rica, pelo contrário. Então, eu preciso ganhar a minha vida, a partir de fevereiro eu vou trabalhar. Eu sou economista, conheço a política muito bem do Brasil, portanto vou trabalhar nessa área. Não tem ainda nenhuma perspectiva porque eu sou senador até 31 de janeiro. Até lá vou exercer minha função na plenitude", concluiu.

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