Guimarães: hoje, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Guimarães ao STF pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)
Agência Brasil
Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 18h00.
O deputado José Guimarães (PT-CE), ex-líder do governo Dilma Rousseff, negou hoje (20), ter intermediado negociação junto ao Banco do Nordeste do Brasil e de ter recebido dinheiro da Engevix.
"Quero reiterar, conforme venho afirmando desde o surgimento deste assunto, que jamais intermediei junto ao Banco do Nordeste do Brasil [BNB] quaisquer recursos para a empresa Engevix, nem pratiquei ato de natureza imprópria junto a qualquer instituição. Tenho a consciência tranquila de que nunca me beneficiei de recurso público, razão pela qual manifesto meu repúdio a todas as acusações", disse Guimarães em nota.
Hoje, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Guimarães ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, o parlamentar recebeu R$ 97,7 mil em propina para pagar despesas pessoais com um escritório de advocacia e uma gráfica que trabalhou em sua campanha. O relator da denúncia é o ministro Edson Fachin.
Segundo a acusação, do valor total recebido pelo deputado, R$ 30 mil consistiam em vantagens indevidas para favorecer a empreiteira Engevix em um contrato de crédito com o Banco do Nordeste, avaliado em R$ 260 milhões, para construção de usinas eólicas na Bahia.
Guimarães disse que mantém diálogo com várias instituições e atende a diversos interlocutores de todas as esferas.
"Como deputado, mantenho diálogo com inúmeras instituições públicas, bem como atendimentos a diversos interlocutores de todas as esferas, conforme se pode acompanhar diariamente pela minha agenda, amplamente repercutida nas redes sociais e na própria imprensa. Prestei contas de todas as minhas despesas de campanha, que foram devidamente registradas e aprovadas", disse em outro trecho da nota.
Segundo a nota, a acusação foi feita por uma pessoa sem credibilidade. "Encaro com grande revolta, mas também como oportunidade de provar minha inocência. E é isso que farei. Tenho como grande aliado o povo que me concedeu mandato, o qual honro diariamente com muito trabalho", concluiu o petista.