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Jornalista de coberturas policiais é morto a tiros em Goiás

João Miranda do Carmo era dono do site de notícias SAD Sem Censura, que publicava notícias policiais, sobre a política e sobre o tráfico de drogas local


	Santo Antônio do Descoberto (GO): nenhuma linha de investigação está sendo descartada
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Santo Antônio do Descoberto (GO): nenhuma linha de investigação está sendo descartada (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 11h11.

O jornalista João Miranda do Carmo foi morto a tiros em frente a sua casa, em Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, na noite de domingo (24), informou a polícia civil. Ele era dono do site de notícias SAD Sem Censura, que publicava notícias policiais, sobre a política e sobre o tráfico de drogas local.

Nenhuma linha de investigação sobre o crime está sendo descartada, entre elas a de que ele tenha sido morto devido a seu trabalho como jornalista, disse o delegado responsável pelo caso, Pablo Santos Batista, à Agência Brasil. Testemunhas estão sendo ouvidas na manhã desta terça-feira (26).

João Miranda já vinha recebendo ameaças e teve seu carro incendiado em janeiro, de acordo informações do jornal O Popular, de Goiás. Amigos e familiares prestarem homenagens ao jornalista ao longo do dia de ontem (26) nas redes sociais. Ele pretendia se candidatar a vereador nas próximas eleições.

Profissão de risco

Esse foi o terceiro assassinato de jornalistas este ano no Brasil. Em março, o radialista João Valdecir Barbosa foi morto a tiros enquanto trabalhava nos estúdios da Rádio Difusora AM, em São Jorge do Oeste, sudoeste do Paraná. Em abril, o blogueiro Manoel Messias Pereira, foi morto também a tiros em Grajaú, no Maranhão.

Em 2015, o Brasil ficou em quinto lugar como o país mais perigoso para o exercício da atividade jornalística, com oito assassinatos, de acordo com a organização internacional Comitê para a Proteção dos Jornalistas, (CJP, na sigla em inglês). O país ficou à frente de países em guerra como Iraque e Sudão do Sul. A maior parte dos mortos apurava casos de corrupção envolvendo políticos.

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