Joice Hasselmann: a deputada federal eleita disse também que o “Brasil é um país conservador” e que tal compreensão tem de estar presente nas defesas propostas e debates colocados para a sociedade (Wikimedia Commons/Creative Commons)
Agência Brasil
Publicado em 19 de novembro de 2018 às 09h12.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 11h18.
Deputada federal mais votada da história da Câmara, a jornalista Joice Hasselmann (PSL-SP) obteve 1.078.666 votos em outubro e promete fazer um “mandato participativo”, no qual seus eleitores serão ativos. Estreante no Congresso Nacional e uma das mais próximas ao presidente eleito Jair Bolsonaro, Joice disse que vai protagonizar um reality show permanente e terá atuação transparente em favor do combate à corrupção e criminalidade.
Joice_Hasselmann é a entrevistada do programa Conversa com Roseann Kennedy, da TV Brasil, que vai ao ar nesta segunda-feira (19). “Deputado não é superautoridade. Foi eleito para representar o povo, é empregado do povo”, disse. “As pessoas vão saber de tudo em lives. Eu faço prestação de contas desde o primeiro dia após a eleição.”
Dona de frases polêmicas e opiniões controvertidas, Joice Hasselmann não se intimida com as críticas. Segundo ela, é boa de “debate” e não se incomoda de ir contra a opinião vigente. Ela ressaltou que o “Brasil é um país conservador” e que tal compreensão tem de estar presente nas defesas propostas e debates colocados para a sociedade. “Sou totalmente contra o aborto.”
Dona de um fuzil semiautomático AR-15, que usa apenas no exterior, a deputada eleita disse que tem uma série de prioridades que pretende defender na Câmara, como a flexibilização do porte e da posse de armas, o fim do saidão e da visita íntima para condenados por crimes hediondos.
Também defendeu a aprovação do projeto Escola sem Partido, que tramita no Congresso, mas negou que haverá perseguição a professores. “Não é para perseguir professor, mas para proteger a criança, para não induzi-la”, disse. “Temos de valorizar o professor.”
Joice Hasselmann descartou disputar a Presidência da Câmara, mas confirmou que tem intenção de concorrer para liderar seu partido, o PSL. “Ninguém é candidata de si mesma. Tem de ser um bloco partidário”, disse. “Não tenho experiência na casa, tem de ter muito cuidado. Tenho de chegar e estudar o dever de casa, estou apta a liderar o partido.”
Porém, ressaltou que é um processo que precisa “ser construído, não pode ser imposto”. “É uma construção, se assim os deputados quiserem, se assim o presidente quiser”, acrescentou.