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"Jogar a toalha" seria covardia, diz relator da reforma

Arthur Maia negou que o governo esteja fazendo um "teatro", ao insistir publicamente na tentativa de votar a proposta no Congresso até março

Arthur Maia: "Reforma da Previdência não é uma aprovação fácil. Nenhuma reforma da Previdência é fácil" (Agência Brasil/Agência Brasil)

Arthur Maia: "Reforma da Previdência não é uma aprovação fácil. Nenhuma reforma da Previdência é fácil" (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 12h12.

Brasília - O relator da reforma da Previdência na Câmara, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), e o líder do governo na Casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), negaram que o governo esteja fazendo um "teatro", ao insistir publicamente na tentativa de votar a proposta no Congresso até março, sabendo que não vai conseguir os 308 votos necessários para tal. Para o relator, uma desistência do governo seria um ato de "covardia".

"Reforma da Previdência não é uma aprovação fácil. Nenhuma reforma da Previdência é fácil. Mas jogar a toalha seria um ato de covardia, e isso não é uma marca desse governo", declarou Maia em entrevista. Segundo ele, o governo se apega no que avalia como uma "transformação" da percepção da população em relação à necessidade da reforma, revelada por pesquisas recentes, o que "tem eco no Congresso Nacional".

Para ele, chamar de teatro é uma "injustiça". "O sentimento de transformação que vem acontecendo na opinião pública, sem dúvida, é motivador bastante significativo para que possamos ter o número de votos que precisamos", declarou o relator.

Ele citou dados do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), que mostrariam que o governo já possui hoje cerca de 275 votos e disse que há ainda "vários outros" deputados negociando "mudanças pontuais" no texto, o que, na avaliação dele, poderá se reverter em novos votos.

O líder do governo também negou que o Executivo esteja fazendo teatro. Ele afirmou que o governo fará a parte dele e que, caso não consiga os 308 votos, será uma decisão da sociedade brasileira. "Vamos cumprir a nossa parte, mas, se a base parlamentar entender que não tem condição de votar, essa é uma decisão da sociedade brasileira, que vai pressionar a base", declarou.

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