Eduardo Cunha: o objetivo dessa mesada, explicou o depoente, era garantir o silêncio tanto de Funaro quanto de Cunha (Luis Macedo/ Câmara dos Deputados/Agência Câmara)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de maio de 2017 às 15h11.
Brasília - O empresário Joesley Batista, da JBS, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago R$ 5 milhões de "saldo de propina" ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois de preso pela Lava Jato.
O empresário relatou que o valor se refere a uma dívida de R$ 20 milhões com o ex-deputado, referente à atuação dele na tramitação de projeto de lei que desonerou a cadeia produtiva do frango.
No depoimento, o empresário sustentou que informou o presidente Michel Temer, em reunião no Palácio do Jaburu, que pagamentos a Cunha haviam cessado e que ainda dava R$ 400 mil de mensalidade a Lúcio Bolonha Funaro, também preso, apontado como operador do peemedebista e do empresário em esquemas de corrupção.
O objetivo dessa mesada, explicou o depoente, era garantir o silêncio tanto de Funaro quanto de Cunha.
"Temer disse que era importante continuar", diz trecho do depoimento.
O presidente nega ter dado aval aos pagamentos. A defesa de Cunha, procurada, ainda não se pronunciou.