Impeachment: o dono da JBS, porém, afirma que não lembra quais eram os parlamentares que receberam o pagamento (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de maio de 2017 às 16h57.
O dono da JBS, Joesley Batista, disse, em delação premiada, que atuou juntamente com o deputado João Bacelar (PR-BA) na compra de cinco deputados federais, ao custo de R$ 3 milhões cada um, para votarem contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Segundo Joesley, no dia 9 de abril de 2016, um sábado, uma semana antes da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, ele se reuniu com Bacelar.
Na ocasião, segundo o delator da JBS, Bacelar disse que "tinha conseguido convencer 30 deputados a votarem a favor de Dilma em troca de R$ 5 milhões cada um".
Joesley, no entanto, diz ter concordado com a "compra" de apenas 5 deputados no valor total de R$ 15 milhões divididos em parcelas.
No depoimento, o dono da JBS, porém, afirma que não lembra quais eram os parlamentares que receberam o pagamento. Segundo ele, o dinheiro era distribuído por João Bacelar, e que só tinha conseguido repassar R$ 3,5 milhões.
Parte do pagamento - R$ 500 mil -, diz Joesley, ocorreu em março deste ano.