Desde o início do seu pontificado, Jorge Bergoglio tem deixado claro em palavras e gestos que deseja uma vida mais simples para os religiosos, servindo aos pobres e rejeitando as tentações do poder (REUTERS/Stefano Rellandini)
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2013 às 17h01.
Rio de Janeiro - Milhares de peregrinos jesuítas de todo o mundo se reuniram neste domingo no Rio de Janeiro para esperar a chegada do papa Francisco, o primeiro pontífice dessa ordem religiosa, que teve um grande impacto no desenvolvimento da América Latina.
O colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, abrigará dois mil peregrinos jesuítas de mais de 50 países de todo o mundo, amparados pelo coletivo jesuíta Magis.
O colégio, que leva o nome do fundador da ordem no século XVI, o espanhol Santo Inácio de Loyola, estava repleto de peesoas que falam diversos idiomas e carregavam bandeiras de seus respectivos países.
É uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ) especial para todos eles, muito mais para os membros da Companhia de Jesus em Buenos Aires, de onde o papa Francisco é oriundo.
O estudante portenho de Filosofia Beto Bettinelli, de 24 anos, disse à Agência Efe que espera levar para casa sua experiência durante a JMJ, para que ali 'também desfrutem desta Igreja'.
'Espero me encontrar com a igreja universal, com peregrinos de todo o mundo e desfrutar da alegria de todos os que vieram aqui e querem viver a mesma fé', relatou.
A mesma esperança demonstrava o paraguaio Sergio Costafría, de 19 anos e futuro estudante de Jornalismo.
'Vejo muitas nações, estou emocionado, com muitas expectativas que isto seja incrível', expressou envolvido na bandeira de seu país.
Antes de chegar ao Rio de Janeiro, ambos participaram de uma 'Pré-Jornada Mundial da Juventude' organizada pelo coletivo Magis desde 1997 para realizar atividades de voluntariado ligadas à Companhia, segundo explicou à Efe o responsável de comunicação, o pai Geraldo Lacerdine.
'Nós, jesuítas, pensamos: 'Se a cada xis anos o papa reúne a juventude na JMJ, então nós poderíamos reunir a juventude ligada à Companhia de Jesus no mundo todo', disse Lacerdine.
Os jesuítas deixaram sua marca na América Latina, onde desenvolveram uma grande atividade evangelizadora desde a época colonial.
Hoje foi um dia de amparo e preparativos no Colégio Santo Inácio, onde enquanto alguns peregrinos completavam sua inscrição, outros se dirigiam às salas de aula improvisadas como dormitórios para se instalar.
De uma delas saiu a indonésia Priska Kalista, de 25 anos, que destacou que as pessoas do Brasil são 'encantadoras' e que disse que está muito 'entusiasmada' para conhecer o papa. 'Parece muito humilde e muito próximo dos jovens', afirmou.
'Esperamos desfrutar da JMJ e viver a força que tem a juventude católica', contou à Efe Irene Carrión, uma madrilena de 20 anos, antes ir para praia, que nesta semana se transformará em um grande templo ao ar livre. EFE