O ministro da Defesa, Jaques Wagner: “isso é um problema que, evidentemente, complica para a Câmara dos Deputados" (Felipe Barra/Ministério da Defesa/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2015 às 22h47.
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que haverá uma “guerra política” na Câmara dos Deputados, após a denúncia contra o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR), por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, com base nas investigações da Operação Lava Jato.
“Isso é um problema que, evidentemente, complica para a Câmara dos Deputados. Mas, o fato de estar denunciado não tem uma obrigação de afastamento. Porém, seguramente, vai haver uma guerra política lá dentro. Só o plenário da Câmara pode decidir isso [afastamento ou não de Cunha]”, disse o ministro, em visita feita hoje (20) ao 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, em Deodoro, na zona oeste do Rio.
Para o ministro, a denúncia não traz nenhum problema para o governo, mas para o próprio presidente da Câmara.
“A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal e será julgada pelo Supremo. Portanto, o Executivo não tem nada com isso e não imagino que o presidente da Câmara queira se voltar contra o Executivo”.
Jaques Wagner disse ainda que o argumento de que o governo interferiu no caso não é razoável.
Além do deputado Eduardo Cunha, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) também foi denunciado por corrupção nesta quinta-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A denúncia também inclui ainda ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida (PMDB).