Brasil

Jaques Wagner diz que denúncia da Veja é inconsistente

Segundo a reportagem, o doleiro Alberto Youssef teria afirmado em sua delação premiada que o ex-presidente Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras


	Jaques Wagner e Dilma: "ele (Aécio Neves) deve exibir a capa no debate. Se fosse eu, daria risada", disse Wagner
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Jaques Wagner e Dilma: "ele (Aécio Neves) deve exibir a capa no debate. Se fosse eu, daria risada", disse Wagner (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 11h00.

Rio - O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), minimizou na manhã desta sexta-feira o impacto das novas denúncias relatadas pela revista 'Veja' na campanha da presidente Dilma Rousseff. Segundo a reportagem, o doleiro Alberto Youssef teria afirmado em sua delação premiada que o ex-presidente Lula e Dilma sabiam dos desvios na Petrobras.

Segundo ele, as denúncias não tem "consistência" e indicam uma "manobra" para atingir a campanha eleitoral. "Parece peça de campanha", disse o governador.

"As denúncias da Veja, pelo que vi, não tem consistência. Parece uma peça de campanha. Mais uma vez a repetição de que se sabia dos problemas", afirmou Wagner, que integra a comitiva que acompanha a presidente Dilma na preparação para o último debate da campanha, na noite de hoje, na TV Globo.

"Certamente isso será abordado. Ele (Aécio Neves) deve exibir a capa no debate. Se fosse eu, daria risada."

O governador também avaliou que as denúncias não devem ter impacto na reta final da campanha. "Denúncias sempre foram motivo de preocupação, mas a gente vê que não colam na presidente. Eleitor percebe que é uma tentativa não de investigar, mas uma manobra para atingir a campanha", disse o candidato, que caminhou na região próxima ao hotel no início da manhã.

Segundo ele, a presidente passará o dia "trabalhando e estudando para o debate" no hotel, na Barra da Tijuca. O governador também avaliou o crescimento da presidente nas pesquisas, indicando que há uma "melhora na percepção" do governo.

"Crescimento é consistente, tem relação com melhora na percepção da economia e do governo. É o momento em que o eleitor para e faz um 'check list' do que foram os últimos anos, pensa sobre sua vida e os candidatos. Mas tem muito trabalho ainda", afirmou o governador, que elegeu seu sucessor, o petista Rui Costa, em primeiro turno, contrariando as previsões e pesquisas de intenção de voto. "Eleição só se ganha na urna."

Segundo Wagner, o partido tem recebido levantamentos de pesquisas que indicam uma vitória com mais de 70% dos votos na Bahia, e margem semelhante em todo o Nordeste.

A avaliação da campanha é que há chance de vitória expressiva também em Pernambuco, único Estado da região onde a presidente não ganhou no primeiro turno.

O resultado compensaria eventuais perdas no Sudeste, avalia, ainda que a candidatura de Dilma tenha "evoluído" também na região. "Em São Paulo, nossos levantamentos indicam que o candidato tem perdido até 1 ponto por dia, em função dos problemas com a água. Ainda assim, é um Estado onde o PT vai ter de repensar o que ocorreu com a votação do primeiro turno", disse o petista.

Acompanhe tudo sobre:BahiaCapitalização da PetrobrasDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoLuiz Inácio Lula da SilvaOperação Lava JatoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Secretário-geral da ONU pede "espírito de consenso" para G20 avançar

Paes entrega a Lula documento com 36 demandas de prefeitos do U20

Varredura antibomba e monitoramento aéreo: chegada de chefes de Estado para o G20 mobiliza segurança