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Janot vai entregar todos os depoimentos antes do recesso

Informação é do jornal O Estado de S.Paulo; Procurador teria dito ainda que vai homologar delações em fevereiro

Rodrigo Janot: Procurador promete homologar delações em fevereiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Rodrigo Janot: Procurador promete homologar delações em fevereiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 17 de dezembro de 2016 às 12h17.

São Paulo - Todos os depoimentos de executivos e ex-executivos da Odebrecht nas delações da Lava Jato serão entregues pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavaski, até o início do período de recesso do Judiciário, na próxima terça-feira (20).

A informação foi publicada neste sábado (17) pelo jornal O Estado de S.Paulo, citando que foi o próprio Janot que comentou sobre isso com interlocures, entre eles o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Ainda segundo o jornal, o Procurador teria prometido homologar as delações na volta do recesso, em fevereiro.

Janot estaria atendendo a um pedido do presidente Michel Temer, que teria sido citado em delações, segundo vazamentos publicados na imprensa.

Na última segunda-feira, Temer encaminhou a Janot uma carta pedindo celeridade na conclusão das investigações e que as delações terminassem o quanto antes, sendo divulgadas "por completo".

Nome citado

Segundo reportagem da revista VEJA publicada no dia 15 deste mês, um dos principais executivos da Odebrecht, o empresário Márcio Faria da Silva citou o presidente Michel Temer em esquema de propina, durante seu depoimento na Lava Jato.

O empresário contou à PF, segundo a revista, que em 2010 ele e o presidente participaram de uma reunião no escritório de Temer em São Paulo, junto com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o lobista João Augusto Henriques, o coletor de propinas para o PMDB dentro da Petrobras.

Foi a segunda vez que Temer teria sido citado em delações. No dia 9 de dezembro, a revista VEJA publicou que o presidente teria pedido 10 milhões de reais ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014. Temer negou as acusações.

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