Janot: "eu diria que (ele tem), pelo menos, uma fixação. Ele até deu declaração sobre meu bigode, não sei se é um fetiche, se é alguma coisa", disse Jucá (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 13h00.
Brasília - O líder do governo no Senado Federal, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou em entrevista nesta terça-feira, 29, que o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, tem uma "fixação" nele e, talvez, até um "fetiche" no bigode do peemedebista. Para o peemedebista, Janot começou bem na Procuradoria, mas está deixando o cargo em 17 de setembro de forma "melancólica".
"Eu diria que (ele tem), pelo menos, uma fixação. Ele até deu declaração sobre meu bigode, não sei se é um fetiche, se é alguma coisa. Portanto, eu diria que não entendo esse comportamento dele", afirmou Jucá, em referência à terceira denúncia contra ele apresentada nessa segunda-feira, 28, por Janot pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro - dessa vez, com base na delação da Odebrecht.
O senador de Roraima disse estar muito tranquilo, que não tem nada a dever e nada que o comprometa. "Eu confio na Justiça. Quem parece que não confia na Justiça é o senhor Rodrigo Janot", disse.
Para Jucá, o procurador apresentou a nova denúncia "açodadamente" e "intempestivamente", uma vez que a investigação que baseia na denúncia ainda não foi concluída. "O processo está na Polícia Federal", disse.
Jucá avaliou ainda como "lamentável" a postura do procurador-geral. "O doutor Rodrigo Janot começou bem, mas está tendo uma despedida melancólica, lamentável, triste. Acho que não dá para querer se transformar em justiceiro, passar por cima da Justiça e tentar fazer uma ação deliberadamente contra a política brasileira. Acho lamentável, mas respeito a posição dele", afirmou o peemedebista.